Deputados aprovaram em uma sessão a prestação de contas de três anos do governo Richa (Foto: Pedro de Oliveira/ Divulgação/ Alep)
A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) vota, em segunda discussão, na sessão desta quarta-feira (9), a prestação de contas de 2011, 2012 e 2013 do Governo do Paraná.
As três têm parecer favorável do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), com ressalvas, orientações e determinações à gestão de Beto Richa (PSDB).
As contas foram aprovadas, em primeira, discussão na terça-feira (8) em projetos de lei separadamente. Os deputados que compõem a bancada de oposição do governador votaram contra a aprovação.
Na avaliação do líder da bancada, Tadeu Veneri (PT), o tempo foi insuficiente para analisar detalhadamente a prestação de contas apresentada. Além disso, ele questionou pareceres com ressalva. Ele considera que as contas devem ser aprovadas ou reprovadas.
- TCE-PR aprova com ressalvas as contas de 2014 de Beto Richa
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Na tribuna do Plenário da Assembleia, Veneri destacou que algumas ressalvas e determinações do TCE-PR feitas em 2011 se repetiram nos anos seguintes.
“O que nos chama atenção é que nós temos poucas horas para fazermos as análises de três anos de governo, o que é absolutamente impossível do ponto de vista técnico. (...) Eu fico me perguntando: que tipo de conceito nós temos das contas públicas”, disse o deputado.
Entre as ressalvas que se repetem, conforme os projetos de lei aprovados pelos deputados, estão déficit no Fundo Previdenciário, ausência de balanço econômico-financeiro e não atendimento no repasse mínimo para os setores de Ciência e Tecnologia e Saúde.
Contas de 2014
A prestação de contas do governo de Richa de 2014 também foi aprovada pelo TCE-PR com ressalvas. O relator Durval Amaral fez 18 determinações, 17 ressalvas e sete recomendações ao governo do estado. Esta prestação de contas ainda precisa ser analisada pelos deputados estaduais.
Cinco conselheiros votaram com o relator Durval Amaral, e apenas Ivens Linhares votou pela irregularidade das contas, como havia aconselhado o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Paraná (MPC-PR).
Segundo o parecer dos promotores do MPC-PR, Richa promoveu "pedalada fiscal". O governo estadual havia previsto no orçamento que terminaria o ano com superávit de R$ 2,3 bilhões, mas acabou fechando 2014 com déficit de R$ 177,9 milhões.
A "pedalada fiscal" está, de acordo com o MPC-PR, na alteração da meta fiscal de 2014 por meio de um projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa em abril de 2015.
Para os promotores, a manobra é ilegal.