Fisiculturista morta em Curitiba foi asfixiada, diz novo laudo do IML

Noticias de Guarapuava

Fisiculturista Renata Muggiatti morreu ao cair da janela de apartamento onde morava (Foto: Reprodução)Fisiculturista Renata Muggiatti morreu ao cair da janela de apartamento onde morava (Foto: Reprodução)

O laudo de exumação do corpo da fisiculturista Renata Muggiati, morta no dia 12 de setembro, em Curitiba, aponta que ela morreu asfixiada e que já estava morta ao cair da janela do apartamento onde morava com o namorado, o médico Raphael Marques.

O documento, elaborado pelo Instituto Médico-Legal, ficou pronto nesta semana e mostra que foram encontradas lesões no corpo e no pescoço, que seriam incompatíveis com a queda.

Marques chegou a ser preso suspeito de ter matado a namorada. O mandado de prisão foi concedido pela Justiça com base no primeiro laudo da autopsia, que já mostrava sinais de asfixia. No entanto, uma segunda análise do IML mostrava que ela não tinha sido asfixiada e o médico acabou sendo solto.

O advogado que defende o médico, Edson Vieira Abdala, criticou a prisão. “Injusta, precipitada, açodada e imediatamente reparada. O que nós queremos apenas é o resgate da verdade e para isso estamos colaborando com todos os procedimentos tanto da polícia, quanto de qualquer outra autoridade que assim o desejar”, afirmou Abdala.

A reconstituição
O médico participou da reconstituição da morte, realizada em outubro, mas não quis falar com a imprensa. “Ele é o maior interessado para que essa circunstância processual demonstre a linha do tempo e o que efetivamente ocorreu nesta noite de infeliz suicído”, disse o advogado Edson Vieira Abdala, que de Raphael.

A polícia usou um boneco para simular a queda de Renata Mugiatti. O procedimento durou mais de quatro horas, e a rua ficou interditada por todo este período.

A advogada que representa a família também acompanhou a reconstituição e falou sobre a saída de Raphael Marques da prisão. “Estamos esperando a conclusão do inquérito. O inquérito ainda tem um caminho muito longo pela frente. A família, desde o início, sabe que isso seria possível. A família não está acusando ninguém. Estamos apenas tentando descobrir o que aconteceu de fato. Não tem decepção”, disse a advogada da família Zeila Plath.