Professores decidem suspender greve na UEPG após dois meses

A decisão foi tomada na manhã desta quinta-feira (25), durante uma assembleia geral no campus de Uvaranas. Ainda nesta tarde, deve ser definido o novo calendário universitário.

Segundo a Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Sinduepg), a greve foi suspensa, mas o estado de greve é mantido. Ou seja, a paralisação pode ser retomada a qualquer momento. A instituição tem, ao todo, 916 docentes.

Greves
Os professores da UEPG estavam em greve desde o dia 22 de abril. É a segunda paralisação do ano. Entre fevereiro e março, os docentes já tinham ficado um mês parados. A cada greve, 7,2 mil estudantes ficam sem aulas.

A categoria reivindica o reajuste em cota única de 8,17%, entretanto, a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou projeto de lei do governo estadual de reajuste de 3,45%, com novos aumentos até maio de 2018.

Alunos recorrem à Justiça
A manutenção da greve, nos últimos dois meses, levou alunos dos últimos anos de seis cursos de graduação a entrar na Justiça para terem aulas durante a paralisação. Estudantes de medicina, direito, odontologia, educação física, farmácia e engenharia civil retornaram às aulas com liminares.

O calendário universitário da UEPG foi suspenso duas vezes neste primeiro semestre por causa da greve. A primeira decisão é de 5 de março e a segunda, de 19 de maio.

Greve suspensa em outras universidades
Os professores de outras três universidades estaduais do Paraná também decidiram encerrar a greve. As decisões ocorreram, na quarta-feira (24), em assembleias na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Estadual de Maringá (UEM) e na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro).

Servidoresvoltam ao trabalho
Na terça-feira (23), os servidores da UEPG também retornaram às atividades. Eles estavam paralisados desde o dia 19 de maio. Conforme o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos Estaduais de Ensino Superior de Ponta Grossa (Sintespo), são 980 servidores e a adesão era de apenas 40%.

Mesmo assim, alguns serviços, como a biblioteca, ficaram sem atendimento. A decisão de retornar ao trabalho foi tomada durante assembleia, na segunda-feira (22).