Chuva prejudica estradas no PR; Morretes decreta calamidade

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A chuva que castigou o Paraná nos últimos dias causou mortes e ainda provoca transtornos.

 

Deslizamentos de terra e queda de pontes ocasionam constantes interdições da BR-277 e da BR-376, que ligam Curitiba às praias do Estado e de Santa Catarina. Na manhã desta segunda-feira, a queda de uma barreira causou a interdição total da BR-376 no km 670 (região de Guaratuba).

Equipes da Autopista Litoral Sul --que administra o trecho-- estão posicionadas em pontos específicos orientando os usuários e trabalhando para a liberação da pista. Ainda não há previsão para que o tráfego volte a fluir na BR-376. Os veículos trafegam sem problemas em ambos sentidos da BR-116 no Paraná e da BR-101 em Santa Catarina.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, a BR-277 está interditada totalmente entre o km 13 e o km 30 e deve ser liberada parcialmente para o trânsito de veículos leves e caminhões vazios no sentido Paranaguá-Curitiba.

CALAMIDADE

Segundo boletim divulgado nesta segunda pela Defesa Civil, 23.828 pessoas foram afetadas nos sete municípios mais atingidos. Morretes, onde a situação é mais crítica, decretou estado de calamidade pública ontem. Duas pessoas morreram soterradas e uma está desaparecida. São 2.720 casas danificadas, 8.453 pessoas desalojadas e 967 desabrigadas.

O governo do Paraná criou um gabinete de emergência para atender a população e informou que toda a estrutura das secretarias será direcionada para as comunidades atingidas. Foram instituídas três coordenadorias para organizar as operações: Coordenação de Atendimento Humanitário, a Coordenação de Construções, Obras e Intervenções e a Coordenação da Campanha de Solidariedade.

De acordo com a secretária da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, 137 toneladas de mantimentos e água já foram doadas e estão sendo enviadas para o litoral. Três helicópteros do estado e outros dois de empresas privadas estão atuando no litoral e já resgataram 154 pessoas ilhadas ou com necessidade de atendimento médico.

O Exército está de prontidão e poderá auxiliar os municípios mais atingidos. De acordo com informações do governo do Estado, o governo federal já disponibilizou o uso de um purificador de água das Forças Armadas. A liberação de recursos emergenciais e a instalação de ponte metálica, entre outras providências, já estão acertadas, segundo o governador Beto Richa (PSDB). Ele informou que a prioridade agora é enviar socorro às vítimas. Em seguida será feito um balanço dos estragos e prejuízos e os números serão enviados a Brasília.

Diversas equipes da Companhia Paranaense de Energia (Copel) estão trabalhando para restabelecer o fornecimento na região. Cerca de 2,5 mil pessoas ainda estão sem luz em suas residências. A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) mantém cinco caminhões-pipa para garantir o abastecimento emergencial e enviou água potável para a região.

SUL

Outras áreas do Sul também sofrem os efeitos das enchentes. Deslizamentos e enxurradas provocaram ao menos nove mortes.

Em Santa Catarina, 500 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas desde o dia 10. Cerca de 11 mil deixaram suas casas e 420 permanecem desabrigadas.

O Rio Grande do Sul foi o Estado que registrou mais mortes: sete em São Lourenço do Sul (191 km de Porto Alegre). Ontem, cerca de 350 pessoas continuavam desabrigadas na cidade.

 

Agência Brasil